Renomado gestor Stuhlberger surpreso com rescindementos estrangeiros em bolsa, preocupado com pioração risco fiscal no Brasil: renomeado, fundo, mudanças importantes, carteira, alocação, gestores, evento, piora, risco fiscal, ativos, brasileiros, deterioração, previsões, taxas, rescindementos, estrangeiros, PLDO, Bolsa, Família, Pé de Meia, incentivo financeiro, reajuste salário mínimo.
O célebre fundo Verde, sob a gestão de Luis Stuhlberger, anunciou ajustes significativos em sua composição, incluindo a redução da participação em ações brasileiras de 15% para 10% do portfólio de investimentos.
O fundo Verde, comandado por Luis Stuhlberger, foi alterado recentemente, resultando na diminuição da exposição em ações do Brasil de 15% para 10% do portfólio. A decisão do renomado gestor do fundo Verde repercutiu positivamente no mercado financeiro.
Fundo Verde: Luis Stuhlberger compartilha sua frustração
Uma das referências entre os gestores de fundos do Brasil renovou sua inquietação em um evento liderado por Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde, nesta terça-feira (7). Este ano tem se apresentado como desafiador, conforme Stuhlberger expressou sua surpresa diante dos resgates de investidores estrangeiros na bolsa e sua apreensão com a piora do risco fiscal no país.
Luis Stuhlberger, à frente da Verde Asset e gestor do fundo Verde, destacou que, apesar do último ano ter sido relativamente positivo para o fundo, apresentando rendimento de CDI mais 1,5% em um período conturbado para os fundos multimercados, a realidade atual é outra. Ele compartilhou sua decepção ao ver o fundo ainda não superando o CDI até o momento.
As mudanças no cenário global, com o aumento das previsões de juros nos Estados Unidos, tiveram impacto significativo, resultando em revisões das taxas em todo o mundo e desencadeando uma deterioração dos ativos brasileiros por eventos imprevistos. ‘No final de dezembro, ninguém imaginaria que a bolsa brasileira sofreria resgates estrangeiros de R$ 40 bilhões. Era algo que eu não consideraria possível, mas aconteceu’, pontuou.
A crescente preocupação com o risco fiscal no Brasil assombra o gestor. Além das movimentações no mercado nacional, os ativos mais prejudicados na carteira até o momento foram os papéis de renda fixa indexados à inflação, os quais foram retirados do portfólio. Stuhlberger identifica as perdas como diretamente ligadas à deterioração do contexto fiscal do país.
A análise do gestor ressalta a agilidade na alteração do arcabouço fiscal e sua insatisfação com o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2025, divulgado em abril. Ele critica posturas políticas, destacando a necessidade de seriedade fiscal no atual contexto. As novas despesas e ampliações citadas no PLDO são alvos de preocupação, como a expansão do Bolsa Família, o programa Pé de Meia e o reajuste do salário mínimo acima da inflação.
Diante das projeções orçamentárias para 2025, Stuhlberger enfatiza a possível postura mais rígida de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em seu posicionamento futuro. O Banco Central define as taxas de juros nesta quarta-feira (8). Apesar de reconhecer a desinflação e afirmar que a economia não está em situação catastrófica, o cuidado com a situação fiscal é essencial, de acordo com suas palavras.
O gestor finaliza sua fala apontando a necessidade de responsabilidade fiscal no governo, destacando que atitudes irresponsáveis podem gerar turbulências nos ativos. A visão crítica sobre a condução econômica atual e a falta de foco fiscal preocupam Stuhlberger, que reavalia suas posições diante do panorama desafiador.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo